terça-feira, 17 de junho de 2014

Copa de Protestos


Nunca gostei de futebol. Mas, o Brasil é o país do futebol e não desejo lutar contra isso. Aliás, nunca lutei. Quando criança, sempre compartilhei do sentimento de patriotismo que contamina todo mundo: ajudava a pintar a rua, confeccionava bandeiras, fiz festa! Agora, pela primeira vez na minha vida, tenho a oportunidade de ver uma copa do mundo no meu país, mas, o que vejo não é o sentimento de alegria, não é a festa. Vejo as pessoas se organizarem e  protestar. Até aí, tudo bem. Mas, quando o negócio vai pro lado da bandalheira e as pessoas começam a achar que têm direito de quebrar o patrimônio público (que também é meu, pô!) e de xingar a presidente (não que eu a considere indefectível), aí acho que alguma coisa está muito errada. 
A organização da copa e a construção dos estádios certamente consumiu muito dinheiro público e é claro que devemos nos posicionar diante disso. Será que quando o Brasil foi escolhido como palco desse espetáculo todo mundo odiou? Não, mas, não sabíamos que seria gasto tanto dinheiro para a realização dessa maldita copa, dirão alguns. Por acaso, de uma hora para outra, nos tornamos ignorantes de que eventos como esse consomem montanhas de dinheiro? Ou esquecemos de como os políticos tratam o dinheiro público neste, e em tantos outros países?

Tem mais, fui educado a sempre receber bem quem quer que venha a minha casa, mesmo que o clima não estivesse bom entre os membros da família, mesmo que a grana estivesse curta. Fui educado a jamais xingar nenhum membro da família, muito menos em público pro mundo inteiro ver. A resposta para os maus governantes se dá nas urnas, não xingando eles diante de nossos filhos a quem orientamos que não digam palavrões.
Acho que sou anacrônico. Talvez alienado. Mas, não acho que esse seja um modo legal de ligar com o nosso sentimento de revolta. Parecemos adolescentes tolos influenciados pela última moda que é protestar sempre e quebrar o que puder. Ser crítico parece que é sempre se posicionar contra tudo e todos. Ridículo que aprendamos isso já nos bancos escolares, onde dizem que devemos ser autônomos e não alienados e incentivam o pensamento crítico, mas, ninguém se quer faz uma avaliação sincera do que quer que seja esse tal de pensamento crítico. O Importante é criticar porque a todo instante nos sentimos agredidos seja pelos pais, pelo chefe, pelo professor ou pelo governo. O governo é uma boa, porque não tem cara. E quem elegeu o governo? Foi o pessoal que xingou a presidente Dilma, certamente não foi, eles são muito esclarecidos pra isso. Estavam , pois, reclamando porque suas vidas estão cada dia mais complicadas. Nem sabem como será o dia de amanhã. Se terão como alimentar seus filhos.
Interessante pensar que quem estava no Itaquerão para o primeiro jogo do Brasil não eram os beneficiários do Bolsa família, mas, representantes da elite: brancos, bonitos, educados em escolas caras. Peçam o dinheiro de volta porque a educação que receberam foi barata e ideologicamente ultrapassada.





quarta-feira, 28 de maio de 2014

O que é ser esparta?

"Guerreiro Espartano"Malcolm Lidbury

 O que é ser esparta?

Ser esparta é ser senhor de sua vida. 
Para ser senhor de sua vida é preciso ter coragem, não de destruir, nem de matar, mas de construir.
Coragem de construir a sociedade que sonhamos.
Só homens e mulheres de valor lutam pela construção de um mundo melhor.
Um mundo de valor é construído sobretudo com base na verdade. 
Ser verdadeiro é condição sine qua non para uma vida feliz. 
Então, já pode-se notar que viver esparta não é para qualquer um, pois, é preciso ser forte. Forte, não somente no sentido de força física. Força aqui siginifica não ter a fraqueza de apelar para a mentira, porque a mentira gera facilidades na vida de qualquer um, mas, tudo que é construído sobre a mentira está condenado à ruína.
Ser verdadeiro num mundo caracterizado pela ilusão e pela falsidade é a postura de quem é forte.
Mas, vale a pena olhar no espelho e saber que você não tem nada que o envergonhe ou que macule sua história.

É preciso também saber que ser verdadeiro não quer dizer que tudo o que você fale seja absoluto e imutável. Um guerreiro esparta sabe que só se ganha a batalha com esforço. É preciso buscar aprendizado constantemente e rever seus conceitos. Fechar-se para o novo é fechar-se para o crescimento.

O guerreiro esparta sabe que o exercício físico mantém o corpo forte, ágil, flexível. Da mesma maneira é preciso exercitar o cérebro. Uma mente ágil e lúcida é a melhor ferramenta para transformar o mundo.

Uma relação inteligente com o meio é necessária para a construção de um mundo melhor. O espartano consume somente o necessário de alimentos, recursos naturais, materiais ou financeiros. Evita o desperdício, evita a devastação e a poluição.

Seja você tambem um guerreiro espartano. Divulgue a ideia. Agindo localmente, você contribui para mudanças globais.

Francisco Carvalho